Educação em Casa
Em toda a história humana a educação das proles ficou sob a tutela familiar, mas há algumas décadas isso tem sido mudado em vários países do globo, onde leis mal elaboradas estão a usurpar dos pais o direito de educar e ensinar seus filhos conforme suas convicções pessoais e religiosas (é mesmo o Brasil um Estado laico?).
Por influência do sistema de autoajuda do pedagogo Paulo Freire, a educação se tornou um verdadeiro abracadabra no País e se atribui a ela a capacidade de curar os mais díspares problemas humanos, desde hiperatividade até a delinquência juvenil. Um motorista anda em alta velocidade, ultrapassa o sinal vermelho e mata pessoas? Nada de multa e cadeia – educação nele. Um adolescente estupra ou mata uma menina durante um assalto, faltando apenas três dias para completar 18 anos, como aconteceu há alguns anos na cidade de Anicuns, no interior de Goiás? Nada de prisão em regime fechado – educação nele. O presidiário do semiaberto se aproveita da infinita bondade do Estado e volta a roubar, assassinar, estuprar e traficar drogas? Nada de lhe aumentar drasticamente a pena – educação nele, com desconto no tempo de cadeia devido às horas de suposto estudo, bom comportamento ou conversão religiosa. Prova disso é que latrocidas, estupradores e homicidas seriais são chamados oficialmente pelo Estado de “reeducandos”. O conceito de educação foi completamente deturpado e se tornou um fanatismo sem regras e nem pudores.
Aos pais, que possuem condições, e que queiram, é aconselhável a desescolarização, conhecida por muitos como escola em casa ou ensino domiciliar - seja por meio do homeschooling (educação em casa utilizando o currículo educacional escolar do país) ou unschooling (educação em casa sem seguir necessariamente currículo educacional do país). Escola tem sido no decorrer da história, e especialmente nos tempos modernos, lugar de conflitos de concepções, conceitos, culturas, regras, comportamentos e de fé, onde quase sempre se prima pela legalidade e não pela moralidade. Todo ser humano e seus princípios devem ser respeitados, contudo forçar a matrícula e frequência em salas de aulas de má qualidade e superlotadas, sem condições adequadas para o bom trabalho do educador e sem propiciar ao educando ambiente confortável e livre de pressões, pois aplicar provas para crianças do 1º ao 3º ano do início do ciclo fundamental, é inadmissível! Força-se a criança a aprender o que o Estado quer (note que o Estado é um ente inanimado e o petiz é animado) comprova que estamos em uma nação realmente democrática e que não respeita a laicidade.
Uma pátria laica não deveria se reter a ensinar apenas Criacionismo e Evolucionismo, sem transmitir aos alunos a vasta gama religiosa, vez que apenas da Bíblia "saíram" as 3 religiões Abraâmicas - Judaísmo, Islamismo e Cristianismo, e suas ramificações, contudo, praticamente é tratado apenas dos relatos bíblicos sobre a criação e por ai para o "ensino" - quando com o passar dos anos, o conteúdo de Ciências e Biologia induzem para a teoria da evolução e suas vertentes. As crianças são ainda colocadas forçosamente em cadeiras de péssima qualidade por horas, e forçadas a ficar em filas para cantarem hinos à bandeira ou nacional (cremos que o nacionalismo não seja algo saudável, haja vista que se há um Deus criador, logo o planeta é de todos e o humanismo é que deveria ser cantado, mas isso não interessa ao sistema, para a classe dominante essa alienação é vantajosa). O sistema induz a acreditar que não somos massas de manobra quando na realidade é isso que nos é ensinado, especialmente em escolas e colégios que “educam” com valores diversos dos Cristãos e das demais fés Teístas, tornando-os perigosa armadilha para o desenvolvimento saudável dos discentes. Melhor é que a educação (compreendida como conceito amplo, geral, primordial e nuclear de todo aprendizado e conhecimento) deve ser exercida preferencialmente pelos pais, outros familiares, parentes ou responsáveis, em casa (nos modelos homeschooling ou unschooling), onde a criança e adolescente deve receber instrução, ensino e apoio ao adequado desenvolvimento intelectual, visando sua formação para a vida pessoal, profissional e social. A socialização deve ser feita junto de familiares, em parques públicos, zoológicos, áreas de camping, clubes, represas, rios, mar, praças, museus, escolas de músicas de boa qualidade, em visitas a amigos e bons vizinhos. Educação abrange: educar, ensinar, instruir, transmitir conhecimentos. A família é a célula maior da sociedade e em um Estado democrático de direito a Família está acima das leis elaboradas pelo Estado e/ou seus Ministérios e Secretarias. Cabe, no máximo, aos Estados mundiais fornecer material do currículo educacional nacional comum, e aferir por meio de avaliações justas e adequadas se o educando está aprendendo. Nenhuma Nação deveria promulgar Constituição ou leis que firam o Artigo 26.3 da DUDH (Declaração Universal dos Direitos Humanos) da ONU (Organização das Nações Unidas), ou Artigo 12.4 do Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana dos Diretos Humanos), tampouco que interfira no pátrio poder e na laicidade. ["Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos” - é o que dispõe o Artigo 26.3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos; “Os pais e, quando for o caso, os tutores, têm direito a que seus filhos e pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.” - é o que está consignado no Artigo 12.4 da Convenção Americana dos Direitos Humanos].
Nos EUA - onde há mais de 2 milhões de garotas e garotos estudando em casa, com pais, avós e se for preciso recebendo auxílio de terceiros na matéria que estiver tendo dificuldade, matemática ou biologia por exemplo - Rússia, França, Portugal, Uruguai, Chile, Itália, Bélgica, Botsuana, e outros mais de 60 países (ricos e pobres, seja na América, Europa, Ásia, África ou Oceania) compreendem e permitem o método da escola em casa. Nestes países, não raro, adolescentes de 13/14 anos são fluentes em ao menos uma língua estrangeira e são aprovados em exames nacionais de conhecimento (tipo o Enem, só que com avaliação séria e competente, o que não ocorre no fraquíssimo "exame" do MEC), e muitas vezes são aceitos em universidades, após aprovação nos vestibulares ou análise do conhecimento adquirido.
Há quem defenda que a desescolarização atrapalha a socialização (tal pensamento é digno de risos!) haja vista que o que ocorre é exatamente o contrário, pois filhos têm o convívio familiar fortalecido e também passam a ter contato com pessoas de várias idades, e não apenas com uma turma que fica enclausurada por horas numa sala onde lhes é ensinado o que o Estado quer e não o que realmente tornará tais crianças e adolescentes como seres humanos adultos melhores e de bem.
Aconselhamos estudarem sobre o assunto. Informamos que há na justiça dos estados de São Paulo e Paraná julgados que permitiram pais educarem filhos fora da escola e que há ministros do STF, senadores, deputados federais, pedagogos sérios (com doutorados na área e até PhDs) defendendo a educação familiar.
Quando menores cometem algum crime (ops! ato infracional) o Estado sai de cena e a culpabilidade é lançada sobre os genitores. E o que foi absorvido no péssimo ambiente escolar - onde nossas crianças aprendem a serem egoístas, materialistas, livres, legalistas, consumistas, dissimuladas, etc - desaparece como num passe de mágica. Vale salientar que mesmo nas escolas particulares o ensino ou é deficitário ou afronta princípios morais e/ou cristãos, o que faz com que muitos pais não concordam com essa lei, a qual viola a liberdade religiosa e impõe por opressão que seus descendentes tenham a formação que estranhos (legisladores, onde há prevalência da corrupção) "acham" ser "o melhor". No sistema educacional privado os discentes são clientes, que geram grandes receitas aos colégios, até mesmo nas escolas ligadas com denominações religiosas o fator ganho tem atrapalhado o ensino. Assim, pais devem ter o direito legal e principalmente Teísta de ter os seus valores morais respeitados, e não havendo escola que eles achem adequada para a educação de seus filhos, o caminho a ser seguido é educar em casa, utilizando o estado, no máximo como aferição periódica (anual ou semestral) do aprendizado do aluno, uma prova para examinar proficiência, em alguma escola do sistema.
Muitos defendem a ideia de que educar não é atribuição da escola, pois cabe à escola ensinar. Contudo, MEC significa Ministério da Educação e Cultura e não Ministério do Ensino e Cultura, tampouco vemos nos estados e municípios Secretarias do Ensino, mas sim Secretarias da Educação, logo podemos afirmar que escola é lugar para receber educação, ensinos e aprendizados, haja vista que educação é o termo que engloba ensino e aprendizagem. Para finalizar o tema proposto reproduzimos texto conceitual da organização EscolaSemPartido:
"Educação
A educação é um processo entre ensinar e aprender, tem finalidade social, serve para a manutenção da sociedade. Ela inicia no primeiro grupo social que é a família, passa pelo grupo da vizinhança e chega à escola. A educação não cessa aí, o trabalho é um novo ambiente de aprendizagem e assim a educação se desenvolve ao longo da vida, fornecendo habilidades para um perfeito ajuste social do indivíduo. Assim como o indivíduo se adapta à sociedade à qual pertence, ele também influi no grupo, promovendo a sua integração.
Com este conceito, percebe-se que educação não é conhecimento, é socialização, é formação de valores. Cabe à família o papel principal nesta tarefa educativa e é ela que determina os princípios básicos para a formação da personalidade da criança. Cabe aos demais grupos sociais o respeito ao que a família construiu e o exercício do convívio num grupo mais amplo. Neste sentido, a escola é o ambiente de adaptação da criança numa nova realidade, mantendo os valores que ela traz de casa e estimulando novas formas de convívio.
Ensino
O ensino é uma atividade sistemática de transmissão de conhecimentos. É o ambiente primordial da escola e sua função específica. A escola ensina e, de forma complementar, educa. Aqui está o problema maior do nosso sistema educacional. A escola assumiu o papel de educar e abandonou o de ensinar, por esta razão as crianças deixam de aprender conteúdos importantes para se dedicarem, por longo tempo, a atividades de socialização. O equilíbrio entre educar e ensinar é o que as nossas escolas perderam. Por outro lado, as famílias estão relegando a função educativa para a escola."
Conheça mais sobre homeschooling e unschooling:
São nos países desenvolvidos que as autoridades criam e fazem avançar os novos leis e "princípios" que balizam a sociedade moderna. A escolarização forçada tem sido imposta no Brasil tal como o é em países comunistas ou de governos autoritários. No meio acadêmico começaram a suscitar há anos a apologia ao anti sexismo. Suécia encabeça a lista, seguida de Holanda, França, EUA, Finlândia... Logo os brasileiros imitarão tal "progresso". Lembremo-nos: tudo lhe é permitido mas nem tudo lhe convém. Vimos nas últimas décadas ocorrer a corrosão da base real da sociedade: a família. Sendo o machismo prejudicial o feminismo em praticamente nada mostrou-se melhor. O humanismo seria o ideal. O legalismo venceu o moralismo, bradam alguns! Mas a verdade é que o legalismo derrotou o cristianismo e o teísmo. Quem viver verá coisas ainda piores. (Adilson S. Gonçalves - filósofo, advogado, jornalista e teólogo).